Esse sábado, correndo pelos canais da tv, não resisti e vi pela milésima vez, "
PATCH ADAMS, O AMOR É CONTAGIOSO" e mais uma vez me debulhei em lágrimas.
Acho esse filme simplesmente, fantástico e obrigatório, pra qualquer ser humano, que se diz ser um "ser humano".
Saber que foi baseado numa história real (
http://www.patchadams.org/home.htm) e que podemos fazer algo pelo próximo, sem esperar nada em troca, nos dá forças para enfrentarmos os dias de hoje.
Após aquela onda de esperança, que um filme desse nos proporciona, abro a revista
ÉPOCA ( reportagem completa) e me deparo com uma reportagem, falando exatamente o assunto central do filme, só que ensinando exatamente como não ser um "
PATCH ADAMS".
A história é de um sem teto,o
Sr. Ricardo (sim, porque sem teto também tem nome), que não sentindo-se muito bem, procurou ajuda num hospital da Santa Casa de Santo Amaro.
Ao ser atendido (o que deve ter levado horas e horas), o ilustre doutor, deu como diagnóstico, que o paciente tinha apenas problemas sociais, já que estava imundo e fedendo e sua receita, foi mandá-lo para um abrigo, pois o que realmente necessitava, era de banho, apenas.
Na transferência, desse "ser" (pois já deixou sua dignidade de humano faz tempo), ele morreu, em silêncio e só foram descobrir ao tentarem tirá-lo da van.
Será que um simples gesto de tocar o
Sr. Ricardo, de escutar suas queixas ou de apenas olhar nos olhos dele,não poderia salvá-lo?? Será que se esse doutor tivesse visto o filme, o Sr. Ricardo estaria salvo?? Será que estamos todos agindo como esse "doutorzinho"???
Não gosto de usar o blog do meu filho, que é onde conto todas suas alegrias e peraltices, para fazer apelos, mas às vezes, nós chegamos num ponto, onde não dá mais pra ficar calado.
A verdade é que faz tempo que esse "ponto" chegou, mas a crueldade desse que se diz "doutor", pra mim é tão ruim, quanto aos dos assassinos de João Hélio, Vinícius e tantos outros que vemos nos noticiários diários, com a diferença de que o "doutor", vive no mesmo "mundinho" que nós, com escolaridade, bom "nível" social (se é que isso existe) e pode um dia quem sabe, atender um de nossos filhos.