Sou uma mãe pitt-bull total e não suporto ver meu filhinho mal tratado, tenho vontade de esfolar vivo quem faça uma injustiça com ele, mesmo que esse "infrator" seja outra criança, que foi o caso.
No fim de semana passado, Pedro volta cabisbaixo que só ele, com lágrimas nos olhos, dizendo que foi na casa do "amiguinho" da frente e quando quis entrar pra brincar, ele disse que não dava pois a casa estava cheia (todos os outros estavam lá dentro).
Aquilo me subiu o sangue, que tive vontade de ir na mesma hora tirar satisfação com o infeliz, de chamar a mãe desse sem educação e explicar a ela como se educa um filho.
Isso, porque na uma semana antes, eu com uma enxaqueca daquelas fiz lanche para todos, inclusive o "tal".
Mas como ditam os psicólogos de revista (deixe seu filho se virar) e minha religião ("não faça aos outros o que não gostaria que fizessem com você), me segurei e engoli aquele desaforo.
Justo o Pedro, uma criança tão meiga que é incapaz de fazer mal a um amiguinho.
A justiça não tardou, mas de um jeito que até eu adimirei.
Neste domingo, fizemos um churrasco e chamamos a turminha da rua (e eu como pitt-bull que sou, não chamei o figurinha), quando fui ver, Pedro estava na janela, chamando o "amigo" que estava sem eira nem beira pela rua, pra vir brincar e comer com ele, sem nenhum ressentimento.
Aquilo mostrou o quanto meu filhote e superior e que se eu não tenho os bons princípios, pelo menos estou sabendo passar pra ele.
PARABÉNS MEU FILHO, PELA SUA BOA ÍNDOLE, CONTINUE SEMPRE ASSIM.
